"Cedinho"...


Passava pouco das sete quando o telemóvel começa a tocar. Horas impróprias é habitualmente sinal de alarme. Sonolento, levantei-me para atender, começando a preparar o "interior" para o impacto de uma má notícia. - O que será desta vez? Do outro lado, uma vozita fresca começa com uma alegria indescritível. - Vovô! Sabes o que é que o Jesus me deu? Dois póneis. Dois! Um amarelo e o outro cor-de-rosa. Estás a ouvir, vovô? Eu estava e ao mesmo tempo tentava compreender o fenómeno afastando a angústia de uma má notícia. Não me foi difícil perceber o que é que estava a acontecer. Apareceu-lhe, debaixo da almofada, o pedido que tinha feito ao Jesus no dia anterior. Depois a conversa continuou, como é natural. A mocinha fala que se desunha e, então, hoje, inundada de felicidade, como é compreensível, distendeu a história com todos os pormenores visíveis e não visíveis. - Depois mostras-mos? - Claro, mas só à tarde depois de sair da escolinha. - Olha, um dia feliz para ti, está bem?- Sim!
Sorri e comentei: - Eu pago e o Jesus é que fica com o proveito! Mas não faz mal. Não há nada melhor do que fazer uma criança feliz.

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