Gaivotas


Manhã sem vida.
Gente boçal,
Desprendida,
Escondida
No meio do lodaçal.

Afinal, o que é a vida?
Nada de especial.
Mera luta perdida
No afastar do mal.

Vejo gaivotas parvas
Com o seu estranho olhar.
Não pensam.
Olham, indiferentes,
Para o misterioso mar.

Sabem voar,
Mas desconhecem
O verbo amar.
Saberão o que é a liberdade?
Não!
E saudade?
Também não!
Se soubessem
Morriam de pesar.





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