“Verde, azul e vida”...

Nem sempre acerto com o destino. Realmente não me lembro de alguma vez o ter descoberto. Nem sei o que é, se tem cor, cheiro ou som.
Gosto de ver o verde que se desenha com ramos e folhas de recorte estranhos. Não sabem a razão. Eu também não. Mas mesmo que soubéssemos para que serviria tal conhecimento? Para nada, a não ser para provocar mais inquietação, não às florestas mas a mim.
O azul vigiou-me durante a tarde. Estranhei o seu olhar e mais ainda o espanto do seu calor.
Tudo é a fingir, o verde, o azul, o calor, o amor e a vida, menos a dor de quem continua acordado à espera de ser amordaçado pelo tempo e coberto pela escuridão do mais frio silêncio, o do esquecimento.

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