É uma senhora sofrida, e tem raz ã o. A maldita da doen ç a provoca-lhe sofrimento atroz e reduz-lhe a liberdade para a realiza çã o de triviais atos, impossibilitando-a de ganhar a vida como desejaria. Luta com denodo, cumpre rigorosamente a prescri çã o, conhece na carne os malditos efeitos secund á rios dos f á rmacos que, teimosamente, n ã o a libertam da dor e da incapacidade. Luta, e luta a s é rio. Nas nossas conversas denota uma atitude cr í tica, fundamentada nos problemas sociais e nas prioridades m é dicas. Habituei-me ao seu discurso. Inicialmente considerei-o como equivalente a uma forma de despeito, mas estava errado, tenho de confessar. A minha costela preconceituosa ainda geme e faz-me gemer, mas acabo por aprender, e, habitualmente, com quem menos espero. Sempre na expectativa de poder melhorar, lutou para que lhe fosse feito o tratamento biol ó gico no hospital. Conseguiu. Foi aceite. Ao fim de pouco tempo come ç ou a melhorar a olhos vistos. Senti a emerg ê ncia d...
"- Olhai para todas vós. Discutis como mulheres livres – sem sequer sonharem que a liberdade está na base das vossas opções. E se fôsseis escravas?"