Não estou arrependido do percurso que fiz ao longo da vida. Mas se me perguntassem agora se gostaria de ter seguido outra via responderia que sim. Qual? Pois bem, adoraria ter sido físico. Nada melhor do que a física para compreender o mundo e o homem. Sempre que posso, e as minhas capacidades o permitem, leio e delicio-me com os pensamentos, especulações e conclusões dos físicos.
Um físico é o mais perfeito dos filósofos, lida com a realidade, com as leis do universo, com o passado, com o futuro e dá significado ao presente sob a forma da mais bela poesia. É difícil encontrar outro campo do conhecimento capaz de tamanhos efeitos. No fundo, não posso dizer que é algo de novo, sempre tive essa impressão desde muito novo, mas fui "empurrado" pela vida e por outros gostos também não desprezíveis e capazes de explicar o homem nas suas múltiplas vertentes, em que a dor e o sofrimento são senhores e reis das nossas pobres existências.
Devoro o que consigo entender e apreender através dos conceitos da física.
Recordo com alguma nostalgia a última intervenção feita na Assembleia da República da IX legislatura em 2004. Foram os últimos cinco minutos. Coube-me intervir a propósito do Ano Internacional da Física que iria ser celebrado em 2005. Fui o último deputado a falar. Foi com muita satisfação, alegria, poesia, emoção e fantasia que intervim. Passei horas e horas a meditar para falar durante tão pouco tempo, a ponto de apertar e concentrar tanto tempo numa pequena fração do mesmo. Pareceu-me que estava a criar a minha própria "singularidade". Um médico a falar das virtudes da física! Tive a perceção de que ninguém me ligou. Mas quem é que iria dar atenção a um deputado a falar de física numa legislatura moribunda, ou melhor, putrefacta? Eu! Claro. Sabia? Sim.
Recordei esta passagem da minha vida porque li que o Big Bang pode ser uma "miragem" causada pelo colapso de uma estrela de quatro dimensões. Ou seja, o nosso universo seria uma espécie de membrana a rodear um buraco negro tetradimensional. Enfim, o melhor é não continuar. Mas que é delicioso, é!
Um físico é o mais perfeito dos filósofos, lida com a realidade, com as leis do universo, com o passado, com o futuro e dá significado ao presente sob a forma da mais bela poesia. É difícil encontrar outro campo do conhecimento capaz de tamanhos efeitos. No fundo, não posso dizer que é algo de novo, sempre tive essa impressão desde muito novo, mas fui "empurrado" pela vida e por outros gostos também não desprezíveis e capazes de explicar o homem nas suas múltiplas vertentes, em que a dor e o sofrimento são senhores e reis das nossas pobres existências.
Devoro o que consigo entender e apreender através dos conceitos da física.
Recordo com alguma nostalgia a última intervenção feita na Assembleia da República da IX legislatura em 2004. Foram os últimos cinco minutos. Coube-me intervir a propósito do Ano Internacional da Física que iria ser celebrado em 2005. Fui o último deputado a falar. Foi com muita satisfação, alegria, poesia, emoção e fantasia que intervim. Passei horas e horas a meditar para falar durante tão pouco tempo, a ponto de apertar e concentrar tanto tempo numa pequena fração do mesmo. Pareceu-me que estava a criar a minha própria "singularidade". Um médico a falar das virtudes da física! Tive a perceção de que ninguém me ligou. Mas quem é que iria dar atenção a um deputado a falar de física numa legislatura moribunda, ou melhor, putrefacta? Eu! Claro. Sabia? Sim.
Recordei esta passagem da minha vida porque li que o Big Bang pode ser uma "miragem" causada pelo colapso de uma estrela de quatro dimensões. Ou seja, o nosso universo seria uma espécie de membrana a rodear um buraco negro tetradimensional. Enfim, o melhor é não continuar. Mas que é delicioso, é!
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