Costumo dar uma aula sobre vieses e variáveis de confundimento a fim de explicar quais as consequências em termos de qualidade de informação que se obtém no decurso de uma investigação. Se não forem controlados corremos o risco de obter informação de má qualidade, falsa, incorreta ou distorcida, o suficiente para comprometer a nossa visão da realidade e levar a que tenhamos comportamentos errados. O ser humano adquiriu há muito a capacidade de argumentar, uma característica que o ajudou muito na evolução. Essa capacidade de argumentar não é propriamente sinónimo da procura da verdade mas sim o meio mais eficaz de persuadir os outros convencendo-os de que tem razão, mesmo que não a tenha e, deste modo, adquirir as respetivas vantagens. Talvez seja por isso que procura sempre os factos, as opiniões e tudo o que venha a reforçar os seus "preconceitos", ideias, tiques doutrinários, estereótipos religiosos e tudo o demais com o qual se identifica. Chamam a isto o "viés de con...
"- Olhai para todas vós. Discutis como mulheres livres – sem sequer sonharem que a liberdade está na base das vossas opções. E se fôsseis escravas?"