São João
Consigo recordar com facilidade algumas histórias e historietas desta noite. Não sei qual a que devo escolher se a do meu tio Manel, a quem ajudei a construir um balão durante a tarde em casa da minha avó, e que à noite, na ponte da praça, ardeu a pouco mais de três metros do solo – chorei ranho e baba -, se os saltos que um dia dei sobre uma fogueira em que tropecei e me chamusquei. Nada de especial. A noite para as minhas bandas está “solenemente” silenciosa. Consigo ouvir ao longe um latido ou outro, talvez algum cão saudoso do São João. Fui a uma vitrine e tirei o único São João que anda por aqui. Gosto deste São João. Tosco, foi feito por um pintor de construção civil que conheci e cheguei a tratar há muitos anos. Gostava de fazer santos. Este foi-me oferecido pelos familiares. Tenho muito apreço e admiração pelos santeiros. Este São João tem algo de especial. Deve ter sido feito com muito amor e devoção. Foi o “Borrabotas” que o executou. Os apodos na minha terra não são