Por causa de um Dionísio lembrei-me de um outro, mais simpático e mais humano. Lembrei-me de um texto que escrevi em 23 de abril de 2014 Dionísio Gosto de revisitar o passado apenas para saborear sentimentos, paixões, devoções e emoções. Não preciso de muito e nem é muito complicado. É tão simples. Uma pequena ideia, uma imagem, um som, um aroma, uma lembrança e tudo se transforma, e eu embebedo-me como se fosse o Dionísio da Quinta do Rio. O Dionísio existiu, foi um barbeiro, cortou-me muitas vezes o cabelo, e brincava com os piolhos que dormiam no meio dos cabelos que sabia cortar à maneira. Nunca se preocupou com eles e as lêndeas deveriam ser fonte de inspiração. Piolhos para o Dionísio eram a coisa mais natural do mundo, tão natural como beber um copo de três a meio da manhã. O Dionísio não conseguia mexer bem o pescoço e com o tempo ficou tão rígido que sempre que queria olhar tinha de virar o corpo. Cortava o cabelo, bebia o seu tinto em tesouradas constantes a...
"- Olhai para todas vós. Discutis como mulheres livres – sem sequer sonharem que a liberdade está na base das vossas opções. E se fôsseis escravas?"