Chuva de domingo

Chove num domingo de outono. Sentado, os meus pensamentos sem dono perdem-se no silêncio da minha sala. Olho para o vazio das janelas e sinto uma espécie de frio embrulhado em nuvens escuras a querer ir atrás da chuva que cai sem saber qual o seu destino. Corre na calçada. A chuva não olha para mais nada a não ser a vontade de morrer nos braços de uma ribeira esquecida.

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