Não suporto gritaria. A gritaria parece ter sido eleita como desporto nacional. Quero tomar um café ou beber uma água fresca numa aprazível esplanada e acabo por ser agredido com vozearias cruzadas, disparadas entre as mesas. Conversas sem sentido, despropositadas, típicas das que praticam nas suas cozinhas ou às janelas com as vizinhas. Falam alto, muito alto, dizem barbaridades, sendo mesmos inconvenientes. São horríveis, porque de repente conseguem agudizar os sons a ponto de ferirem os tímpanos quando se põem a chamar ou a corrigir os filhos, os quais, por sua vez, revelam que são ótimos mestres na arte da gritaria. Entra-se no espaço da restauração e é mesma coisa. Toda a gente fala ao mesmo tempo e para se poderem ouvir têm que gritar. Mas gritam mesmo. Claro que neste último caso, atendendo à hora, não se pode por de parte os efeitos das cervejas. Toda a gente grita, nas manifestações profissionais promovidas pelos mesmos de sempre gritam alto e em bom som para ...
"- Olhai para todas vós. Discutis como mulheres livres – sem sequer sonharem que a liberdade está na base das vossas opções. E se fôsseis escravas?"