As manhãs são todas diferentes. É o acordar que dita a sua imagem. É o momento de procurar algo. Pode não ser novo, pode não ter cheiro, pode não ter cor, pode não ter encanto, não importa, o que interessa é que seja capaz de despertar emoções afogando angústias e dar sentido a qualquer sentimento esquecido. Lágrimas de águas, sono de animais, sons de cantares avulso e silêncio dos espaços podem ser fontes de paz. Paz de um tempo fugaz...
Tenho que fugir à rotina. A que me persegue corrói-me a alma e destrói a vontade de saborear o sol e de me apaixonar pela noite. Tenho que fugir à vontade de partilhar o que sinto. Não serve para grande coisa, a não ser para avivar as feridas. Tenho que fugir à vontade de contar o que desejava. Não quero incomodar ninguém. Tenho que fugir de mim próprio. Dói ter que viver com o que escrevo.
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