"Mosquitos"...



Estamos na altura de viajar. As férias convidam a isso. No entanto, são precisas cautelas quando se viaja para certas partes do globo. É por isso que foram criadas as “consultas do viajante” para quem tem de se deslocar a zonas ditas “perigosas” em termos de saúde. Há, obviamente, algumas especificidades próprias que os médicos conhecem muito bem e, por isso mesmo, são capazes de as contornar mediante aconselhamento, cuidados próprios e vacinação.
De todos os perigos, o mais preocupante tem a ver com os mosquitos. Os mosquitos constituem de todos os riscos o número um. Das milhares de espécies existentes apenas cerca de duzentas é que são importantes em termos médicos, já que a maioria, felizmente, não “picam” os humanos, preferem outras espécies como anfíbios e répteis. Além do mais não podemos esquecer que os mosquitos que nos picam são as fêmeas, o que está em consonância com a sua condição! E ainda dizem que os machos são agressivos.
Os mosquitos podem transmitir muitas doenças constituindo uma ameaça à saúde. Como estes animais vivem e alimentam-se em zonas com água, todas as circunstâncias que promovam a criação de pequenos charcos sujos, ricos em matéria orgânica, são verdadeiros paraísos, e se os invernos forem secos, então, essas reservas são mais apetitosas para mosquitos e aves, os quais, ao criarem-se no mesmo ambiente facilitam a propagação de algumas doenças.
Não deixa de ser curioso o facto de algumas pessoas serem mais “atraentes” do que outras para serem picadas. Parecem que são “doces”, o que é um grave inconveniente. Este aspeto não tem a ver com os odores das pessoas nem nada que se pareça. Os mosquitos são atraídos pelo dióxido de carbono, ácido láctico e por certas espécies de bactérias que alguns de nós transportam em concentrações elevadas. Assim, se expirarmos mais dióxido de carbono ou transpirarmos mais, então, corremos mais risco de sermos picados.
Nalgumas comunidades, certos mitos, tais como comer alho para afastar mosquitos, não têm qualquer sentido, o que pode afastar são as pessoas, que ficam aflitas com o hálito e o cheiro que botam dos seus corpos. Pelo menos eu fico!
Para evitar as picadas dos mosquitos, e as suas consequências, deve ser feita a prevenção médica com medicamentos adequados, caso do paludismo, e vacinação de acordo com as normas internacionais. No entanto há regras simples, como usar roupas claras e largas que cubram praticamente todo o corpo deixando apenas de fora a cara e as mãos as quais precisam de ser besuntadas com repelentes contra os insetos. A roupa de cores claras, tecido apropriado e suficientemente larga para permitir a criação de uma camada de ar, favorece a sudorese e evaporação com o consequente arrefecimento e sensação de conforto, recordando o velho ditado de que “o que protege do frio também protege do calor”. Neste caso também protege dos incómodos das picadas dos mosquitos fêmeas.
Boa viagem. 

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