Acompanho como qualquer cidadão a vida e os comportamentos dos papas e das altas autoridades religiosas. Aprecio o conteúdo dos seus discursos, simples e fáceis de prever. Prédicas que se repetem amiúde. Em grande parte dos casos tentam ajustar-se às novas/velhas realidades sociais invocando o nome de Deus e a sua infinita bondade. Como é que fazem? Habitualmente pedindo perdão por acontecimentos do passado e que, não obstante a passagem do tempo, continuam a manchar as suas missões. Além de pedirem perdão também concedem perdão aos pecadores. Depois, noutros casos, aparentemente complicados para a filosofia que defendem, tentam abrir as portas concedendo alguma "coisa" que, com o tempo, terão de ser aceites. Tem de ser devagarinho para não causar grandes transtornos à organização. No entanto, há um aspeto interessante que merece ser realçado. De quando em vez declara-se um ano "jubileu", e à sua sombra são concedidos perdões aos pecadores. É como colocar o "contador" dos pecados a zero e assim dar a ideia aos crentes e ao mundo de que é possível "renascer" de novo, limpo e sem pecado.
Esta coisa de conceder o perdão não fica apenas pela igreja. Os governos de muitos estados, o nosso incluído, também concedem, com uma periodicidade preocupante, perdão a alguns pecadores que fornicaram até à exaustão o sistema bancário. Uma forma de colocar o "contador" das vigarices a zero e assim dar a ideia aos contribuintes e depositantes de que é possível "renascer" de novo, limpo e sem trafulhices.
Gostava de ver algo parecido relativamente ao cidadão comum que, na sua honestidade e confiança nas instituições, se vê a braços com tantos impostos, taxas, contribuições e ameaças sem ter cometido qualquer pecado de natureza moral ou económica. Mas para este não há qualquer tipo de perdão, talvez por não ser considerado como pecador.
Afinal, quem tem sorte neste mundo são os que pecam! Há sempre alguém que lhes concede indultos, perdões e, nalguns casos, até chegam a ganhar medalhas, comendas e títulos honoríficos, para não falar do que "amealharam".
Dizem que "os pecadores não herdarão o reino de Deus". Qual quê? Herdam tudo. Há sempre alguém a perdoá-los!
Os justos é que não herdam nada.
Esta coisa de conceder o perdão não fica apenas pela igreja. Os governos de muitos estados, o nosso incluído, também concedem, com uma periodicidade preocupante, perdão a alguns pecadores que fornicaram até à exaustão o sistema bancário. Uma forma de colocar o "contador" das vigarices a zero e assim dar a ideia aos contribuintes e depositantes de que é possível "renascer" de novo, limpo e sem trafulhices.
Gostava de ver algo parecido relativamente ao cidadão comum que, na sua honestidade e confiança nas instituições, se vê a braços com tantos impostos, taxas, contribuições e ameaças sem ter cometido qualquer pecado de natureza moral ou económica. Mas para este não há qualquer tipo de perdão, talvez por não ser considerado como pecador.
Afinal, quem tem sorte neste mundo são os que pecam! Há sempre alguém que lhes concede indultos, perdões e, nalguns casos, até chegam a ganhar medalhas, comendas e títulos honoríficos, para não falar do que "amealharam".
Dizem que "os pecadores não herdarão o reino de Deus". Qual quê? Herdam tudo. Há sempre alguém a perdoá-los!
Os justos é que não herdam nada.
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