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"Nomes"...

Nomes. Tudo tem um nome, se não tiver deixa de existir. É o nome que identifica o objeto, a ideia, a pessoa ou a montanha. Tem nome? Tem. Então existe. São tantos os nomes de pessoas que até custa a crer. Podiam ser todos diferentes mas não, algumas partilham os mesmos, sonoros, fechados, alegres, sorridentes, macambúzios, irritantes, disparatados, há para todos os gostos e para quem não tem gosto. Gosto de os pronunciar em voz alta ao mesmo tempo que olho para a face do dono. Gosto de misturar a musicalidade ou o ruído do nome com a expressão facial. Gosto de perguntar o nome dos filhos, gosto, porque sinto que o nome não é uma mera indicação de singularidade de uma pessoa, é muito mais do que isso, por vezes é o nome que molda a personalidade de um indivíduo. Há cada nome, há cada razão sem razão, há muita confusão e quem se lixa muitas vezes é o pequenino mexilhão. Eu nem me atrevo a dizer qual a minha opinião. Mas digo, agora estou a recordar. Quando o nome é suave, quando o nome tem sonoridade, quando o nome emana perfume, quando o nome transpira tranquilidade, sinto que nada é melhor do que a simplicidade. Afinal, uma rosa é uma rosa porque tem o nome rosa...

Coimbra, quarta-feira, 25.09.2013

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Tenho que fugir à rotina. A que me persegue corrói-me a alma e destrói a vontade de saborear o sol e de me apaixonar pela noite.  Tenho que fugir à vontade de partilhar o que sinto. Não serve para grande coisa, a não ser para avivar as feridas. Tenho que fugir à vontade de contar o que desejava. Não quero incomodar ninguém. Tenho que fugir de mim próprio. Dói ter que viver com o que escrevo.

Nossa Senhora da Tosse

Acabei de almoçar e pensei dar a tradicional volta. Hoje tem de ser mais pequena para compensar a do dia anterior. Destino? Não tracei. O habitual. O melhor destino é quando se anda à deriva falando ao mesmo tempo. Quanto mais interessante for a conversa menos hipótese se tem de desenhar qualquer mapa. Andei por locais mais do que conhecidos e deixei-me embalar por cortadas inesperadas. Para quê? Para esbarrar em coisas desconhecidas. O que é que eu faço com coisas novas e inesperadas? Embebedo-me. Inspiro o ar, a informação, a descoberta, a emoção, tudo o que conseguir ver, ouvir, sentir e especular. Depois fico com interessantes pontos de partida para pensar, falar e criar. Uma espécie de arqueologia ambulatória em que o destino é senhor de tudo, até do meu pensar. Andámos e falámos. Passámos por locais mais do que conhecidos; velhas casas, cada vez mais decrépitas, rochas adormecidas desde o tempo de Adão e Eva, rios enxutos devido à seca e almas vivas espelhadas nos camp...

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Tenho que confessar, não consigo deixar de pensar nos jovens aprisionados na caverna tailandesa. Estou permanentemente à procura de notícias e evolução dos acontecimentos. Tantas pessoas preocupadas com os jovens. Uma perfeita manifestação de humanidade. O envolvimento e a necessidade de ajudar os nossos semelhantes, independentemente de tudo, constitui a única e gratificante medida da nossa condição humana. Estas atitudes, e exemplos, são uma garantia que me obriga a acreditar na minha espécie. Eu preciso de acreditar. Não invoco Deus por motivos óbvios. Invoco e imploro que os representantes da minha espécie façam o que tenham a fazer para honrar e dignificar a nossa condição. Salvem todos, porque ao salvá-los também ajudam a salvar cada um de nós.