"Um ano"...


Foi há um ano, mas parece ter sido ontem ou, então, parece que nunca aconteceu. Não sei descrever o fenómeno, longe e perto no tempo ao mesmo tempo. Recordo o que o tempo ainda me vai deixando recordar até o dia em que nunca mais me vou lembrar. As memórias nascem, vivem e morrem. Não precisam de corpos, alimentam-se deles, até que o pó ou as cinzas as varrem do mundo. Memórias que fogem para o espaço frio onde navegam à deriva à procura de outras memórias, as dos que não partiram, para que juntas possam descansar em paz. Viver em paz é viver na memória.

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